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É hora de seguirmos em frente!

Fomos para a rua contra o aumento;

Fomos para a rua contra a PEC-37;

Fomos para a rua contra a FIFA;

Fomos para a rua contra a “cura gay”;

Fomos para a rua contra o Estado não laico que se esboça;

Fomos para a rua contra a mídia alienante;

Fomos para a rua contra a inflação;

Fomos para a rua contra a violência dos bandidos e da policia;

Fomos para a rua contra a baixa qualidade dos serviços públicos;

Fomos para a rua contra o alto imposto;

Fomos para a rua contra o atual nível da educação;

Fomos para a rua contra os benefícios exorbitantes dos políticos;

Fomos para a rua contra os “fichas sujas”;

Fomos para a rua contra a corrupção;

Fomos para a rua contra o falso desenvolvimento econômico-social;

Fomos para a rua contra a oposição;

Fomos para a rua contra o governo;

Fomos para a rua contra o status quo!

Paramos as principais cidades do país, chamamos a atenção, mostramos aos “donos das canetas” nossa indignação e força. Nós, os baderneiros, fizemos prefeitos e governadores tremerem em seus gabinetes luxuosos, os fizemos engolirem suas soberbas do modo mais amargo, contudo, já é hora de darmos um novo passo. Não podemos correr o risco de sermos fagocitados pelo próprio movimento que criamos. Temos de inserir na pauta do dia os temas que desejamos, como sociedade, debater, pauta essa que seja realista e que possa, de fato, produzir resultados satisfatórios. Hoje vi um desfile, não uma manifestação. Cidadãos indo e vindo observados, à distância, pela PM, enquanto a cidade retomava sua rotina. Não há mais a necessidade de desfilarmos garbosos, envoltos na bandeira, com as faces pintadas, com cartazes em punho, bradando frases de efeito e palavras de ordem. Essa mensagem já foi dada e deu mostras de que surtirá efeito, se e somente se os pressionarmos dentro das casas legislativas e executivas para que votem e façam o que é melhor para o povo, não para suas famílias, seus amigos e suas legendas.

Eduardo Candido Gomes

“Maraca” Sitiado

Esse “pequeno” entrave com a liberação do Maracanã nos mostra o que já sabemos, de longa data, mas que varremos para baixo da poeira que já está sob o tapete: temos baixíssima qualidade de gestão e capacidade de planejamento muito precária, ou não; pergunto-me sempre, obviamente de forma retórica, quem se beneficia do não cumprimento de tais “formalidades inconvenientes”. Sabemos. Assim como sabemos o modo com que o problema será solucionado – quando eu estava no Fundamental, lá pelos idos dos anos 90, tínhamos, durante as aulas de português, que conjugar verbos, decorar tempos verbais e essa bobagem toda. Hei de dizer que esse é o verbo mais praticado do país e em homenagem a “Tia Marlene”, que Deus a tenha, pois já deve ter partido dessa para outra com o ordenado de professora primária que recebia, conjugá-lo-ei: “Eu molho, Tu molhas, Ele molha, Nós molhamos, …,” e por ai vai! – Com as mãos, sim, as duas, devidamente encharcadas, faremos vistas grossas ao grosso serviço prestado, dando significado moderno à gasta, porém nunca fora de moda, expressão “Para inglês ver” o que nesse caso específico faz muito mais sentindo. Já estamos vacinados e situações semelhantes não nos chocam; certa vergonha nos dá, estou certo…, não? Nada de vergonha na cara? Se Lula ocupasse oficialmente o cargo que ainda representa diria: “Nunca na História desse país!”. É claro que nunca, e sabem por qual razão? Oras, somos o Brasil, o tal Gigante Adormecido, aquele com o Povo mais bonito, com o Futebol mais vistoso, com os Políticos mais pilantras, é quero dizer… acho que vão me pagar uma cota menor dessa vez.

Eduardo Candido Gomes

* Texto modificado de sua versão original; veja o conteúdo completo em http://eduardocandidogomes.tumblr.com/